segunda-feira, 13 de junho de 2011

Meu, Por Mim e Para Mim

No tempo atual, o individualismo é uma característica bastante latente no meio social e, infelizmente a igreja de Cristo não está imune a esse mal. São homens e mulheres menosprezando a instituição do casamento, maridos e esposas pensando em seus próprios interesses, irmãos disputando atenção e vantagens, e há muito mais na lista.

            “Um novo mandamento lhes dou: Amem-se uns aos outros...” João 13:34
Para obedecermos esta ordem de Jesus, é necessário que saibamos no que consiste o amor. Em I Coríntios, capítulo 13, o amor genuíno é descrito de maneira simples e clara. Agora, mais especificamente, no verso 5, Paulo diz que o amor não busca seus próprios interesses, não é egoísta. Isso significa que a nossa sociedade está carente de amor, de caridade.
            Em um certo momento, as pessoas cegam e não percebem a importância de não estar sozinho (Eclesiastes 4:7-12), a necessidade de compartilhar, de estar em comunhão (Atos 2:42-47).
            Deus se alegra na comunhão de Seus filhos, tem prazer em abençoar aqueles que reconhecem o Seu propósito e lutam contra seus espinhos para que se mantenham unidos apesar da dor. O Senhor faz questão de estar presente no meio daqueles que desfrutam do Seu supremo amor juntos (Mateus 18:20).

             “(...) Estamos acostumados a viver em um mundo em que as pessoas agem na expectativa de reciprocidade. A ação traz uma reação. Infelizmente, não se encontra sabor em relações desinteressadas. A suposta amizade vive de expectativas.
            O que o outro pode me proporcionar? Que ganho haverei de ter ao ir ao tal evento? Quem é fulano? O que ele faz? É filho de quem?
            Tempos em que os adornos valem mais do que o essencial. Tristes tempos. As amizades interesseiras têm prazo de validade. As relações são inconsistentes. É comum, em um circulo de amigos, cada qual falar de si mesmo como um hobby. Uma geração narcisista. O pronome mais utilizado é o de primeira pessoa: “eu”. Tristes tempos, repito.
            Tempos de escassez de atitudes de misericórdia – descartar uma pessoa é mais fácil do que se desfazer de um objeto de estimação. Falta estima pelo ser humano. Vivemos em uma sociedade em que o consumo coisifica a pessoa.
            (...)
            É preciso apresentar o Amor Ágape. Faz bem para a alma de qualquer pessoa. Não podemos permitir que os erros vençam os acertos, que a superficialidade ocupe mais espaço que a densidade do mundo intrapessoal e inter-relacional. É preciso resgatar os valores que nos conduzem à felicidade. E de maneira simples e profunda, como é a Palavra de Deus. (...)”¹

¹ Trecho retirado de um livro do Pe Marcelo Rossi


Por Joyce Portela

2 comentários:

  1. Joyce,
    Muito bem colocado. Inclusive, o que se prega dentro de muitos prédios chamados igreja é um EUvangelho, ao invés do evangelho.

    Abraços fraternos.

    ResponderExcluir
  2. Pois é, Comuna.
    Eu tenho bastante repulsa a essas coisas, realmente incomodam meu coração.
    Peço a Deus que não me comporte assim nem um dia, afinal a Palavra é bem clara: "Buscai antes o reino de Deus, e todas estas coisas vos serão acrescentadas." Lucas 12:31

    No amor de Jesus,
    Joyce Portela

    ResponderExcluir