segunda-feira, 28 de novembro de 2011

"Calças Molhadas"

Reflita conosco sobre esse pequeno texto de Autor não Identificado:

"Venha comigo a uma sala de aula do terceiro ano...

Há um menino de nove anos sentado à sua carteira e de repente há uma poça entre seus pés, e a parte dianteira de suas calças está molhada.
Pensa que seu coração vai parar porque não pode imaginar como isso aconteceu. Nunca havia acontecido antes, e sabe que quando os meninos descobrirem nunca o deixarão em paz. Quando as meninas descobrirem nunca falarão com ele enquanto viver .
O menino acredita que seu coração vai parar; abaixa a cabeça e faz uma oração: "Querido Deus, isto é uma emergência! Eu necessito da sua ajuda agora! Mais cinco minutos e serei um menino morto".
Levanta os olhos de sua oração e vê a professora chegando com um olhar que diz que foi descoberto. Enquanto a professora está andando até ele, uma colega chamada Susie está chegando com um aquário cheio de água. Susie tropeça na frente da professora e despeja inexplicavelmente a agua no colo do menino. O menino finge estar irritado, mas ao mesmo tempo interiormente diz: "Obrigado, Senhor! Obrigado, Senhor! De repente, em vez de ser objeto de gozação, o menino vira objeto de compaixão.
A professora desce apressadamente com ele e dá-lhe shorts de ginástica para vestir enquanto suas calças secam. Todas as outras crianças estão sobre suas mãos e joelhos limpando ao redor de sua carteira. A compaixão é maravilhosa. Mas como tudo na vida, o ridículo que deveria ter sido dele foi transferido a outra pessoa - Susie. Ela tenta ajudar, mas dizem-lhe para sair. "Você já fez demais, sua grosseira!" Finalmente, no fim do dia, enquanto estão esperando o ônibus, o menino caminha até a Susie e lhe sussurra, "Você fez aquilo de propósito, não foi?"
E Susie lhe sussurra, "Eu também molhei minha calça uma vez.""


Possa Deus nos ajudar a ver as oportunidades que sempre estão em torno de nós para fazer o bem. Lembre-se, apenas ir a igreja não o faz um cristão, da mesma forma que ficar em sua garagem não faz de você um carro.
Cada um de nós pode estar atravessando épocas difíceis agora, mas Deus estará sempre pronto para nos abençoar de uma maneira que somente Ele pode fazer. Pense nisso...


Enviado por Thiago Junqueira

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

O que os olhos não veem, o coração não sente

"Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte; Nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e dá luz a todos que estão na casa.Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus." Mateus 5:14-16

Uma das vocações existenciais de um discípulo é ser a luz do mundo como afirma o próprio Jesus nos versículo 16 do capítulo 5 de Mateus. Um verdadeiro discípulo deve brilhar para que os que estão no mundo vejam as boas obras e glorifiquem a Deus. Só que a superficialidade com que encaramos a Bíblia nos deixa escapar algumas questões importantíssimas, que só percebemos nosso despreparo diante do fato real e da situação prática da coisa.

Brilhar. Ok! É isso que um discípulo de Cristo precisa fazer para impactar o mundo, mas a pergunta que cabe aqui é: Como? Caminhando um pouco mais na leitura, começamos a encontrar uma luz (o trocadilho é inevitável).

"A candeia do corpo são os olhos; de sorte que, se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá luz;
Se, porém, os teus olhos forem maus, o teu corpo será tenebroso. Se, portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas!" Mateus 6:22-23 

O texto que encontramos em Mateus 6:22-23, merece uma pausa para reflexão, pois aqui encontramos uma analogia entre olhos e lâmpada que a princípio nos parece simples, mas sua aplicação é confrontante em todos os aspectos.
Bem, o texto diz que "os olhos são a lâmpada do corpo" e nos conduz a conclusão de que aquilo que afeta os nossos olhos, afeta o nosso corpo pela luz que o mesmo transmite. Esse mesmo texto no evangelho segundo Lucas, faz alusão à possibilidade de confundirmos luz com trevas: "cuidado para que a luz que está em seu interior não sejam trevas".

Pensar sobre esse texto para mim, tem sido difícil, exigindo certo esforço do meu raciocínio lógico que é desafiado pela metáfora utilizada por Jesus nesse caso. 

Acende uma luz, Senhor!!!

É exatamente esse o rumo que precisamos seguir aqui. Dependemos de Deus para que os nossos olhos recebam a luz adequada para que o nosso corpo seja a tal candeia mencionada em Mateus 5:14-16. Nossos olhos são a lâmpada do interior do templo do Espírito Santo, ou seja, o nosso corpo. Com eles é que vamos trazer luz para o nosso ser e poder finalmente brilhar.
As palavras olhos aplicadas neste texto, não podem ser interpretadas literalmente, pois os olhos a que se referem Jesus, são a janela pela qual interagimos com o mundo, janela esta que se abre e/ou se fecha dependendo do que nos é oferecido. Os olhos podem ser alimentados pelo contato diário com a mídia, nosso foco de atenção, nosso aprendizado, nossa forma de ver o mundo, nossa ação diante dos fatos etc.

Não é novidade dizer que por conta disso, o jovem, especialmente, é altamente influenciado pelo contexto cultural em que vive. No nosso contexto, um desses pontos é a erotização da cultura, que eleva os hormônios e associa promiscuidade ao pensamento livre e larga o jovem a mercê de sua própria sorte para experimentar a luz que sai da "lâmpada das trevas", seja ela um computador, televisão, revista etc. Azar o teu, jovem, é o que o mundo diz para as tuas frustrações e mágoas.

Aqui e ali vemos vários desses fachos de luz que jogam trevas nos nossos olhos, que por sua vez transmitem ao nosso corpo o resultado. Ensinos sobre religião fundamentados em doutrinas humadas e humanistas, preconceito dos sábios arrogantes de plantão contra toda ideia contrária a sua cosmovisão (visão de mundo), necessidade de riquezas, pressão por resultados de todos os lados (família, profissão, amigos etc).

Há muitas coisas neste mundo atual que podem alimentar os nossos olhos. Em algumas ocasiões, nossa fraqueza nos conduzirá a confundir luz e trevas. Isso acontece quando colocamos a candeia escondida. Quando Cristo toca nesse ponto, Ele aborda a nossa omissão, nossa necessidade de tirar a candeia do velador e escondê-la para de vez em quando apreciarmos as trevas. Como isso acontece? É simples. Eu, por exemplo, gosto de boa música, mas outro dia estava vendo um show, e percebi nas canções que eu admirava pela arte que traziam em si, uma letra com apologia a valores contrários aos do Reino, como materialismo, incentivo ao suicídio, hedonismo etc.

Não dá pra esconder os valores do Reino para apreciar a arte que agrega tais fatores. Lamento, mas não tem teologia que sustente a presença de um cristão consciente em determinados lugares. Apaga a luz a hipocrisia!
"O que os olhos não veem, o coração não sente?".. é por aí.

O que eu quero com tudo isso é que o Senhor ilumine nossos olhos com seus preceitos retos e mandamentos puros.

"Os preceitos do SENHOR são retos e alegram o coração; o mandamento do SENHOR é puro, e ilumina os olhos." Salmos 19:8


Por Diogo Pereira

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Razão, Emoção e Conversão


“Digo, porém: Andai pelo Espírito, e não haveis de cumprir a cobiça da carne. Porque a carne luta contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes se opõem um ao outro, para que não façais o que quereis. Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais debaixo da lei.
Ora, as obras da carne são manifestas, as quais são: a prostituição, a impureza, a lascívia, a idolatria, a feitiçaria, as inimizades, as contendas, os ciúmes, as iras, as facções, as dissensões, os partidos, as invejas, as bebedices, as orgias, e coisas semelhantes a estas, contra as quais vos previno, como já antes vos preveni, que os que tais coisas praticam não herdarão o reino de Deus.
Mas o fruto do Espírito é: o amor, o gozo, a paz, a longanimidade, a benignidade, a bondade, a fidelidade, a mansidão, o domínio próprio; contra estas coisas não há lei. E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências.
Se vivemos pelo Espírito, andemos também pelo Espírito. Não nos tornemos vangloriosos, provocando-nos uns aos outros, invejando-nos uns aos outros.” Gálatas 5.16-26

Mudança de hábitos é sempre difícil para todos nós. Sempre almejamos mudar em algum aspecto, seja naquilo que é afeto a nossa inteligência emocional, como por exemplo ser mais equilibrado, menos teimoso, mais paciente, seja naquilo que faz parte da nossa rotina como ser mais pontual, cumprir as metas estabelecidas, perder peso, fazer exercício, estudar etc.
A palavra que deve sempre acompanhar a rotina de um cristão é o verbo transformar, como o apostolo São Paulo destaca bem em Romanos 12.2, dizendo “E não vos conformeis a este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.”.

Diante da palavra de Deus, ao cristão é proibida a estagnação, o comodismo, o conformismo com o estado da decadência humana.

Por isso, mediante a conversão a Cristo Jesus o homem naturalmente ingressa no caminho da transformação, do conserto, da reconciliação. Nesse caminho, a mudança é um fenômeno constante cujo resultado final a bíblia chama de amor. Quando recorremos ao texto original no grego dos versículos 22 e 23 do capitulo 5 de Gálatas, vemos que o amor não é interpretado como um dos frutos e sim o fruto do Espírito que se evidencia pela presença das características de gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio.

A intensidade e profundidade do texto de gálatas nos chama a revisitar nossas vidas e provocar uma profunda transformação no nosso ser. Em síntese somos chamados para deixar de sermos trevas e nos transformarmos em luz.
Uma mudança radical. Convenhamos! E ela é o maior obstáculo para continuar a seguir os passos de Cristo.
O evangelho é um caminho que começa largo e vai se afunilando, pois, na medida em que percebemos que levamos na nossa bagagem coisas que não fazem parte da criação de Deus temos que decidir em renunciar aquilo que é nosso (nossa avareza, nossa vã sabedoria, nosso ego soberbo) para não perder o Mestre de vista.
Mas a questão prática de como tornar real a transformação que é “exigida” ao cristão é que se torna o grande desafio para a estreita porta.
Um pouco de ciência pode nos ajudar nesse ponto.

Razão e Emoção

Todas as nossas decisões são determinadas pela razão e pela emoção, estejam elas em sintonia ou não. Alguns cientistas fazem a seguinte analogia: “a razão é o condutor de um elefante enquanto que a emoção é o próprio elefante”, nessa ilustração vemos que de nada adianta que razão tome uma decisão e a emoção não se submete aos seus planos.
A razão que alimentamos ao meditar na palavra nos aponta o caminho a seguir, nos conduz a sermos pessoas melhores, mais coerentes, mais equilibradas.
Entretanto, se nossa emoção não está em sintonia com a razão não vemos sentido naquilo que lemos, pois não possuímos a energia para nos transformarmos.
Jesus Cristo conhecia mais da ciência do que nós supomos.
Ciente de que o homem precisa de motivação, ou seja, energia fornecida pela emoção, para que pudesse converter a sua vida aos ensinamentos que a razão compreende, deixa na história uma pista para nos encontrarmos:

“Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei, e me manifestarei a ele.” João 14:21

Somente o amor a Cristo nos move a obedecer aos seus ensinamentos. Agora vêm as perguntas:
Primeiro guardamos os ensinamentos ou amamos?
Qual vem primeiro a razão ou a emoção? Ou os dois juntos?

Qualquer resposta que considere apenas um deles indicará uma religião legalista ou uma religião experimentalista, e nenhuma das duas é a estreita porta da salvação.

Você ama a Jesus?
Você tem fruto do Espírito?

Não importa a ordem das perguntas e sim o conteúdo das respostas.
Um Deus amigo inocente que dá a sua vida por mim me motiva a ouvir e praticar tudo o que Ele ensinou. Ou não?


Por Diogo Pereira

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Humildade cabe em qualquer lugar


Tenho observado, com alegria e esperança, o nascimento de uma “revolução silenciosa” nos porões desse império gospel herético que se instaurou nos últimos anos em nossa pátria. Tenho me armado até os dentes com a espada da justiça e tomado parte nessa guerrilha subversiva em prol da implantação do Reino de Deus nessa terra. Sou um militante das boas novas levando a bandeira da revolução do Amor.  Nessa estrada apertada tenho encontrado irmãos com o mesmo sentimento, com o mesmo objetivo – morrer pela causa de Cristo. Morrer para si mesmo.

Apesar do lixo herético avançar nas rádios, nos programas de televisão e nos palcos das seitas auto intituladas cristãs, há uma resistência articulada atuando em várias frentes dando uma resposta a toda heresia propagada. Há dois anos tenho acompanhado e participado dessa revolução e tenho visto que, apesar de nós mesmos, temos conseguido atrair o Supremo General para o comando do nosso exército.

Contudo, camaradas, quero fazer um alerta importante sobre uma poderosa inimiga a nossa causa: a arrogância.

Sutil, muitas das vezes ela atua como um câncer silencioso. Quem a tem, nem mesmo sabe que tem. Irmã gêmea do orgulho e prima da grosseria, a arrogância pode colocar toda revolução a perder.  Meu coração se renova quando escuto da boca dos meus camaradas o desejo de subverter as mentes babilônicas e libertar os cativos da religiosidade farisaica.  Porém, muitos se esquecem que somos feitos da mesma matéria orgânica e que temos a mesma herança genética adâmica corrompida dos inimigos do Reino.  

Temos que ficar atentos para não cometer os mesmos erros com uma roupagem nova.

O excesso de vontade pode nos cegar, o excesso de novos conhecimentos pode nos embriagar com a altivez. Temos que nos abastecer de igual modo com piedade e com conhecimento. O essencial para uma vida piedosa é a comunhão espiritual com Deus, ou seja, a oração.

Com muita cultura e sem oração, nos transformamos em uma arma carregada, porém sem uma mira precisa. Quando disparada poucas vezes acerta o alvo, e quando acerta, não mata, apenas fere.
Quantas pessoas não tem andado feridas com as balas perdidas da nossa arrogância?

A arrogância alimenta a fogueira das vaidades. Os músicos que inicialmente queriam apenas quebrar paradigmas e derrubar a religiosidade com um som mais moderno, agora se convencem que seu estilo e jeito de tocar vão converter as pessoas. Os atores do teatro acham que suas belas atuações emocionarão o espírito dos perdidos e os levarão ao arrependimento. E os líderes passam a acreditar que são “a última cereja do bolo”, os donos da verdade absoluta, e quem sem sua maravilhosa visão cultural e liturgia hiper-moderna a humanidade não conhecerá a Cristo. 

Sei que parece paradoxal, mas o arrogante se orgulha até mesmo da sua humildade. Quantas vezes nós nos inflamos por ter tomado alguma atitude aparentemente humilde?

Muitos se justificam alegando que nasceram assim, cresceram assim, e que vão morrer assim, os famosos crentes Gabriela.

Para subverter a ordem babilônica e farisaica é preciso morrer para si mesmo. Não podemos nos conformar com o nosso jeito de ser, com nosso temperamento de nordestino, de italiano, de espanhol, ou de qualquer outra etnia para justificar nosso descontrole e ignorância com os outros, principalmente sobre nossos liderados. Somos convidados a sermos imitadores de Cristo, temos que nos esforçar todos os dias para sermos humildes e mansos como Ele foi!

Chega de se esconder atrás do dia de fúria de Jesus dentro do templo para justificar nossa destemperança!

Essa nossa revolução é de amor. Sejamos grosseiros apenas com o pecado e com o inimigo de nossas almas. Não permitamos que nossa arrogância jogue tudo a perder.

Deus abençõe!

Por Marcello Comuna
Blog dele: http://verboprimitivo.blogspot.com/

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Devocional 06/09

NA PRISÃO

                                                                                                  ATOS 16.19-26

Por volta da meia-noite, Paulo e Silas oravam e cantavam louvores a Deus, e os demais companheiros de prisão escutavam. (At 16.25.)
Prisão é lugar de tristeza,
De dor, de limitação.
Na prisão, a noite é escura,
O dia é frio também.
Na prisão, a esperança
Parece bem longe estar,
Perto parece a angústia, o desprezo, a humilhação.
Os amigos que fogem, distantes,
Para trás nem querem olhar,
Não querem se condoer,
Nem ao menos se comprometer
Com a dor, com o encarceramento
De quem livre tem só o pensamento.
Mas até na prisão Deus está
Para abençoar e salvar
Quem a ele quiser se entregar.
Paulo e Silas estavam em Filipos. E lá, no nome de Jesus, repreenderam e expulsaram um demônio adivinhador que possuía uma jovem filipense. Então os dois pregadores foram presos e condenados a receber vários açoites com varas. Com as vestes rasgadas e as costas feridas pela tortura que sofreram, estavam agora com os pés e as mãos presos no tronco. Nem ao menos podiam se mover. Mas não reclamavam de nada. Pelo contrário, rendiam graças a Deus em cânticos de louvor e oravam pelos companheiros de prisão.
Era meia-noite, quando um terremoto sacudiu os alicerces do cárcere. Abriram-se todas as portas e soltaram-se as cadeias de todos. Vendo a situação e pensando que os presos tivessem fugido, o carcereiro tomou da espada para se matar. Paulo, porém, lhe disse: Não faças tal, que aqui estamos todos. Ninguém havia fugido. Haveria um lugar mais seguro para se estar do que na presença do Deus poderoso de Paulo e Silas? E naquela noite, o carcereiro e toda a sua família receberam a Cristo. E foram todos batizados.
Não há prisão que possa reter o poder do amor e do perdão transformador de Deus, vindo ao encontro do homem. E em meio aos louvores que sobem dos cárceres, os céus descem à terra. Rompem-se as algemas das limitações, e Deus opera. Experimente!
PAI, CONTEMPLA AGORA OS QUE ESTÃO ENCARCERADOS. VISITA-OS COM O TEU TOQUE DE AMOR E PAZ. E AOS QUE ESTÃO LIVRES FISICAMENTE, MAS PRESOS A VÍCIOS E PECADOS, TRAZ LIBERTAÇÃO PLENA. EM NOME DE JESUS CRISTO. AMÉM.
Por Ângela Valadão Cintra.  Disponível em:  http://www.diantedotrono.com/devocionais/2011/09/na-prisao/    
 

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

A resposta está nos frutos

Por uma fé que faz sentido: A resposta está nos frutos.

Na época de Jesus, Jerusalém era dominada pelo Império Romano, um governo interventor na vida daquela nação, que sugava os recursos de um povo: os Judeus. Mas os Judeus tinham nas escrituras uma esperança um libertador, um Rei, um Messias. Aquele sobre o qual tinha escrito Moisés e os profetas, e nesse salvador o povo judeu colocava suas expectativas.

Por isso no capitulo 1ª do evangelho de João vemos Felipe declarar que tinha encontrado o Messias, conforme ele tinha ouvido nas suas histórias desde criança.

João 1.45
“Filipe achou Natanael, e disse-lhe: Havemos achado aquele de quem Moisés escreveu na lei, e os profetas: Jesus de Nazaré, filho de José.”

O Messias era a expectativa de um povo que precisava de um herói enviado por Deus para subjulgar todos os reinos injustos deste mundo e trazer plenitude. A esperança dos Judeus era a de ter um rei que fosse Deus.

Recentemente o infortúnio ocorrido com o técnico de futebol do time do Vasco da Gama e os eventos que o cercaram revelou a expectativa de um povo: valores.

Em todos os meios de comunicação vimos a movimentação em apoio e expectativa pela recuperação de um ente querido por todos.

Os depoimentos de pessoas que conhecem pessoalmente o técnico Ricardo Gomes impressionam pela quantidade de elogios e exaltação de virtudes atribuídas ao homem. Algumas são muito familiares aos cristãos: paciente, cordial, simpático, educado, gentil, pacífico, profissional, sério, correto, honesto, simples, amigo e por aí vai.

Tendo em vista o ocorrido, este homem se tornou um símbolo da humanidade, um ideal de pai, amigo, profissional. Tantos atributos comoveram a opinião pública, torcedores, jogadores de futebol, colegas de profissão e outros setores da sociedade. Essa comoção chegou ao ponto de fazer torcedores em um estádio de futebol cheio, orar o Pai Nosso em intercessão pela recuperação do novo herói nacional.

Os atributos encontrados em Ricardo Gomes inspira as pessoas a quererem que ele permaneça entre nós, e soa quase como um grito de uma multidão: “nós precisamos de pessoas como você”.

Não é difícil encontrar semelhanças entre as características atribuídas ao técnico vascaíno com os frutos que o Espírito dá:

Gálatas 5.22-23
"Mas o fruto do Espírito é: o amor, o gozo, a paz, a longanimidade, a benignidade, a bondade, a fidelidade, a mansidão, o domínio próprio; contra estas coisas não há lei."

O mundo carece de valores, de pessoas que manifestam os atributos da criação.

Romanos 1.20-21
"Pois os seus atributos invisíveis, o seu eterno poder e divindade, são claramente vistos desde a criação do mundo, sendo percebidos mediante as coisas criadas, de modo que eles são inescusáveis;
porquanto, tendo conhecido a Deus, contudo não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes nas suas especulações se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu."

A angústia do mundo é que os filhos de Deus sejam revelados.


Romanos 8.19
“A natureza criada aguarda, com grande expectativa, que os filhos de Deus sejam revelados.”

Aqueles que estão em Cristo, precisam dar ao mundo o fruto da sua salvação para que essas questões sejam respondidas.

João 15.1
"Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o viticultor."

João 15.5
"Eu sou a videira; vós sois as varas. Quem permanece em mim e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer."

João 15.8
“Nisto é glorificado meu Pai, que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos.”

Essa reflexão faz nascer em nós alguns questionamentos.

Que tipo de cidadão eu tenho sido?
Que tipo de filho ou pai eu sou?
Como meus amigos me veem?
Sou um bom profissional?
Faço o meu melhor naquilo que faço?
Sou amável?
Sou pacífico?
Sou correto?
Sou honesto?
Sou manso?
O que dirão de mim quando eu morrer?
Que legado eu vou deixar?

Numa sociedade em que aqueles que usam o nome de Cristo deveriam ser o exemplo, entretanto, o que se vê por ai é muita canalhice, politicagem e corrupção.

Quando conhecemos quem somos, podemos dar os frutos necessários para dar essa resposta ao mundo e para manifestar os atributos da criação, por isso, a fé em Cristo faz sentido.


Por Diogo Pereira

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Perdão: a esperança da paz

Nestes últimos dias temos visto os diversos conflitos nos países árabes regidos por ditaduras de década. Os revolucionários rebeldes líbios avançam com sucesso na capital do país, subjugando as forças militares de um chefe de Estado a beira da derrota final.

Entretanto, um fato me chamou atenção nos noticiários sobre a Líbia, pois me fez lembrar de ensinamentos muitas vezes negligenciados no convívio social diário. O ex-Primeiro Ministro do país, que aderiu ao movimento rebelde e se tornou proeminente e respeitado líder do conselho de transição, ameaçou renunciar a seu cargo como forma de protesto contra os atos de vingança cometidos pelos soldados rebeldes. Tal fato ecoou nas manchetes dos jornais com um tom diferente do normal, exalando uma perspectiva mais intensa do que uma simples notícia.

O que se vê no senso comum é que ao final dos conflitos se faz necessário que as agressões cessem em nome da paz. As guerras civis, sejam elas motivadas por questões ideológicas ou étnicas, sempre deixam marcas nas pessoas que por ela foram afetadas, pois o nosso inimigo pode ser o nosso vizinho, nosso amigo, nosso irmão. Em países em que o conflito é recente ou presente é comum existir entre conhecidos ódio nascido no calor das batalhas. Imagino o quanto seria difícil saber que o vizinho assassinou um ente querido meu em um conflito armado.

O pedido do ex-Primeiro Ministro da Líbia feito aos rebeldes para que cessem os atos de vingança, ecoa como uma chamada ao perdão. Perdoar aqueles que, outrora eram nossos inimigos em virtude do flagelo da guerra cruel, que impõe inimizade entre as pessoas, pasmem, em “benefício” da paz.

Talvez o político líbio não saiba, mas essa chamada ao perdão aos nossos inimigos é antiga e tem aproximadamente 2000 anos, quando Jesus, andando entre nós, nos ensinou a perdoar nossos inimigos, a dar a outra face e a ser generoso no tocante ao perdão.

Mateus 5:38-48
"Vocês ouviram o que foi dito: ‘Olho por olho e dente por dente’.
Mas eu lhes digo: Não resistam ao perverso. Se alguém o ferir na face direita, ofereça-lhe também a outra.
E se alguém quiser processá-lo e tirar-lhe a túnica, deixe que leve também a capa.
Se alguém o forçar a caminhar com ele uma milha, vá com ele duas.
Dê a quem lhe pede, e não volte as costas àquele que deseja pedir-lhe algo emprestado".
"Vocês ouviram o que foi dito: ‘Ame o seu próximo e odeie o seu inimigo’.
Mas eu lhes digo: Amem os seus inimigos e orem por aqueles que os perseguem,
para que vocês venham a ser filhos de seu Pai que está nos céus. Porque ele faz raiar o seu sol sobre maus e bons e derrama chuva sobre justos e injustos.
Se vocês amarem aqueles que os amam, que recompensa receberão? Até os publicanos fazem isso!
E se vocês saudarem apenas os seus irmãos, o que estarão fazendo de mais? Até os pagãos fazem isso!
Portanto, sejam perfeitos como perfeito é o Pai celestial de vocês"

O remédio para a cura de uma nação é o perdão ensinado por Jesus, o amor ao inimigos, ou seja, nadar contra a corrente do senso comum.

Nós, cristãos, pregamos o evangelho de Jesus Cristo, sua cruz e sua ressurreição como sinal de um Reino perfeito em que podemos depositar nossa esperança para além da morte. Entretanto, ensinar Jesus não está limitado ao fato da ressurreição pois a ressurreição nada mais é do que a consumação do propósito de Jesus encarnado, que é precedida por sua vida e ensinamentos. Seria simplista demais nos dedicarmos a saber como e porque Jesus morreu e ignorar como Ele viveu.
Jesus tinha como objetivo claro a reconciliação de toda a criação com Deus, redimindo a ofensa do pecado. O Ministério da Reconciliação foi registrado pelo Apóstolo Paulo na segunda carta aos Coríntios.

II Co 5.17-21
Portanto, se alguém está em Cristo, é nova criação. As coisas antigas já passaram; eis que surgiram coisas novas!
Tudo isso provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação,
ou seja, que Deus em Cristo estava reconciliando consigo o mundo, não lançando em conta os pecados dos homens, e nos confiou a mensagem da reconciliação.
Portanto, somos embaixadores de Cristo, como se Deus estivesse fazendo o seu apelo por nosso intermédio. Por amor a Cristo lhes suplicamos: Reconciliem-se com Deus.
Deus tornou pecado por nós aquele que não tinha pecado, para que nele nos tornássemos justiça de Deus.

Para que uma guerra civil acabe, é necessário que o perdão se manifeste no coração do homem para que cesse os ataques de ambos os lados.

Hoje, que o chefe Líbio clama é por perdão, por reconciliação, por Jesus. Ainda que ele nem imagine onde esteja ou quem seja Jesus, no curso da sua história de vida, diante do caos e da morte, acabou por encontrá-lo e chamou por Ele, na esperança que sua terra, o seu país e a sua casa possam encontrar a paz. A criação geme pela manifestação de algo que traga solução para um mundo decadente.

Romanos 8.19-23
“A natureza criada aguarda, com grande expectativa, que os filhos de Deus sejam revelados. Pois ela foi submetida à futilidade, não pela sua própria escolha, mas por causa da vontade daquele que a sujeitou, na esperança de que a própria natureza criada será libertada da escravidão da decadência em que se encontra para a gloriosa liberdade dos filhos de Deus.
Sabemos que toda a natureza criada geme até agora, como em dores de parto. E não só isso, mas nós mesmos, que temos os primeiros frutos do Espírito, gememos interiormente, esperando ansiosamente nossa adoção como filhos, a redenção do nosso corpo.”

Assim como um povo marcado pela guerra, nós também fomos ou somos marcados pela violência do dia a dia, travamos nossas guerras nos nossos lares, no círculo social, na comunidade cristã, no ambiente profissional. A inimizade entre nós é a guerra entre o pecado e a justiça, entre a carne e o espírito.

Aquilo que nos separa, e nos faz contender com o outro, é a maldição do pecado que se traveste de orgulho, inveja, rancor, maldade, ambição, corrupção, avareza, ira, etc.

Para que cessem os conflitos entre nós é necessário perdoar, dizer não a vingança, ainda que ela se manifeste através da indiferença.

Só o amor é capaz de construir as pontes que a guerra civil do pecado destruiu.

Por Diogo Pereira

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

A busca de significado

"pois Demas, amando este mundo, abandonou-me e foi para Tessalônica. Crescente foi para a Galácia, e Tito, para a Dalmácia."    II Timóteo 4:10

Frequentemente a figura bíblica de Demas é utilizada para demonstrar o comportamento do cristão desertor. E na verdade é exatamente isso que ele é. Alguém que abandonou o caminho e desistiu, entretanto não consigo pensar nessa atitude ultima como um meio para algo, mas sim uma consequência.
Parece que no decorrer da vida de Demas, sua historia, ministério, caminhada com Paulo, trabalho missionário ia de vento em polpa. Mas em algum momento aquilo tudo já não fazia mais sentido, não tinha significado estar ali, fazer parte parecia uma obrigação e não havia satisfação em fazer parte daquilo tudo. Demas agora procurava satisfação pessoal e significado para sua vida de outra forma.
O ser humano está sempre em busca do sentido de sua vida, do motivo pelo qual vive, em busca de um objetivo, um foco que dê razão em viver, um desejo de se conhecer e saber quem é. Isso é a busca de significado.
Mas como encontrar significado, identidade e sentido de vida em meio a um mundo pós-moderno?
“(...) Para a maioria dos autores, a Pós-Modernidade é traçada como a época das incertezas, das fragmentações, da troca de valores, do vazio, do niilismo, da deserção, do imediatismo, da efemeridade, do hedonismo, da substituição da ética pela estética, do narcisismo, da apatia, do consumo de sensações e do fim dos grandes discursos.”
Em meio a tudo isso, estamos nós, seus amigos e colegas.
Em busca de uma Verdade que faça sentido.

"A mulher samaritana lhe perguntou: "Como o senhor, sendo judeu, pede a mim, uma samaritana, água para beber? " (Pois os judeus não se dão bem com os samaritano). Jesus lhe respondeu: "Se você conhecesse o dom de Deus e quem lhe está pedindo água, você lhe teria pedido e ele lhe teria dado água viva". Disse a mulher: "O senhor não tem com que tirar a água, e o poço é fundo. Onde pode conseguir essa água viva? Acaso o senhor é maior do que o nosso pai Jacó, que nos deu o poço, do qual ele mesmo bebeu, bem como seus filhos e seu gado?" Jesus respondeu: "Quem beber desta água terá sede outra vez, mas quem beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede. Pelo contrário, a água que eu lhe der se tornará nele uma fonte de água a jorrar para a vida eterna"." João 4:9-14

            Nesse texto, a bíblia menciona uma mulher que também buscava sentido para sua vida, mas de um jeito diferente, entretanto muito comum e repetido nos dias de hoje. A busca de sentido de vida em relacionamentos. Ao se encontrar com Jesus ela tem a percepção da sua sede de significado e que a mesma não seria suprida pelo jarro que carregava, mas sim por uma fonte de água viva que trouxesse respostas às mais profundas indagações.
            Deus não nos fornece respostas simplistas para nossos questionamentos, não nos promete satisfação dos nossos desejos e muito menos se dedica a alimentar a nossa ambição egocêntrica de realização e popularidade (dentro ou fora da igreja).
            Mas a água que Seu Filho promete é capaz de aplacar toda a nossa sede, todo o nosso vazio.
           O que precisamos é nos encontrar com Jesus, sozinhos, sem intermediários, de forma íntima e pessoal e assim beber de sua água. Encontrarmo-nos em Deus através do sentido que Seu Filho dá. Pois quando o reconhecemos, Ele nos diz quem somos.
            E para aqueles que já passaram por lá e hoje possuem sede novamente e pensam como Demas, procurar significado em algum outro lugar, volte até Jesus, pois ele ainda tem as respostas para todas as nossas inquietudes. Jesus precisa fazer parte da nossa vida.

Douglas da Silveira Pereira

sexta-feira, 15 de julho de 2011

"As Verdadeiras Promessas"

Uma critica à premiação promovida pela Rede Globo.

A Bíblia possui muitas promessas. Alguns dizem que ela traz mais de trinta e duas mil delas, e não duvidamos. O próprio Jesus veio como confirmação de promessas (Rm 15:8) e elas são o consolo e a força dos Cristãos por todo o mundo, em todas as épocas. Porém, existem alguns que interpretam errado ou ignoram muitas das promessas da Escritura, torcendo a Palavra de Deus a fim de satisfazer os próprios deleites. Um exemplo disso é o recém criado “Troféu Promessas”, promovido pela Rede Globo e a Geo Eventos.
O “Troféu Promessas” se intitula como “a maior premiação da música evangélica”. Ele será entregue em um evento que será realizado em dezembro, tendo como principal proposta “reconhecer o trabalho daqueles que exaltam fielmente o nome de Deus por meio da música e o fazem com excelência, influenciando gerações”. Eles querem premiar os “destaques” da música gospel do ano de 2010 e 2011, honrando com a estatueta representantes de nove categorias: Melhor Grupo, Melhor Ministério de Louvor, Melhor Cantor, Melhor Cantora, Artista Revelação, Melhor Música, Melhor DVD/BluRay, Melhor CD e Melhor Evento.


Perdoem-nos a dureza, mas se esse troféu carrega alguma promessa, é a promessa de que viria “o tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, sentindo coceira nos ouvidos, segundo os seus próprios desejos juntarão mestres para si mesmos. Eles se recusarão a dar ouvidos à verdade, voltando-se para os mitos” (2 Tm 4:3,4).
O site explica que o troféu chama-se “Promessas” por que “Deus cumpre as Suas promessas e cuida para que a Sua Palavra seja cumprida”, baseando-se corretamente em Jeremias 1:12. Contudo, o que essa premiação não percebe é que ela vai diretamente contra promessas claras do evangelho, negligenciando a verdade de Deus.

Primeira promessa: Deus nos ensina por Sua Palavra
A primeira promessa que esse evento quebra é a de que Deus nos ensinaria tudo por meio de Sua Palavra. O próprio Cristo nos prometeu que o Espírito Santo nos ensinaria “todas as coisas” (Jo 14:26) e esse Espírito usa as Escrituras para nos informar sobre a vontade e as promessas do Pai, já que ela é suficiente para que sejamos perfeitos e perfeitamente preparados para tudo (2 Tm 3:16,17).
Onde a Escritura nos ensina a criar eventos para premiar nossos ministros de música? Em lugar nenhum! Não há qualquer mandamento ou promessa vinda de Jesus, dos apóstolos, dos profetas ou de qualquer escritor bíblico para que criemos tal coisa. Em Levítico 10:1, dois sacerdotes foram mortos por Deus, não por ir contra mandamentos dEle, mas simplesmente por fazer algo que Deus não mandou. Ou seja: Se não há mandamento, há proibição.
Concursos de adoração são tão anti-bíblicos como concursos de qualquer outra disciplina espiritual. Ora, se podemos fazer concursos de louvor, por que não fazermos um concurso de oração? Quem orar mais e melhor leva o troféu joelho roxo. Ou melhor, por que não um concurso de pregação? Quem pregar melhor leva o troféu garganta de ouro. Ou, para os pentecostais, um concurso de profecias? O que trouxer a melhor mensagem de Deus leva o troféu ungido de Jeová. Por que esses concursos seriam condenados por qualquer crente e os concursos de louvor são tratados como algo normal?
Músico, quando você aceita esse concurso e o acha coerente, você está desprezando a promessa de Deus que Ele revelaria sua vontade nas Escrituras e que nelas pautaríamos nossa conduta.

Segunda promessa: todo cristão é um sacerdote
A segunda promessa é ignorada logo no vídeo de apresentação do evento (vídeo acima), o qual dá a entender que os músicos são levitas e os únicos que podem carregar a arca e, assim, a presença e a glória de Deus. Contudo, a intenção de Deus desde Êxodo é que todo Seu povo fosse uma nação sacerdotal. Progressivamente, Deus mostra isso com Moisés, em Êxodo 19:6, antes de os filhos de Levi se ajuntarem aos que eram do Senhor (Ex 32) e serem, por isso, separado para servirem junto ao templo (cabe ressaltar que esse serviço não era musical até Davi! Levitas eram aqueles que cuidavam do templo). A promessa de uma nação sacerdotal precede e engloba o sacerdócio levítico e arâmico.
Essa revelação é retomada no Novo Testamento quando o véu é rasgado com a morte de Cristo, mostrando que todos podem ter acesso à presença de Deus, ao trono da graça pelo novo e vivo caminho que é Jesus, ao ter sua carne “partida”, como o véu (Hb 10:20); e ela é fechada pela chave de ouro de Apocalipse 5:10 (“e para o nosso Deus os fizeste reis e sacerdotes”). Então, não, músico, você não é uma classe especial de cristão! Todo cristão é templo de Deus (1 Co 3:17), carrega a glória do Evangelho em seu vaso de barro (2 Co 4:7) e tem acesso direto a Deus (Ef 3:12) através de Cristo exclusivamente.
Ministro de louvor,quando você ressuscita o cargo de levita, fazendo-se diferente do “povo”   termo com um certo ar de desprezo que se refere àqueles que estão abaixo de sua magnânima “ministração” (sim, já estivemos no seu meio)   você está desprezando a promessa de Deus! Você se faz mediador no lugar de Cristo. Não! Você não “traz a glória de Deus” para os outros cristãos. Você não é mediador entre Deus e os homens. Só Cristo o é. Quando você está com seu microfone ou instrumento na mão, tudo o que você está fazendo é servindo à igreja (incluindo você mesmo) no louvor e na adoração coletiva a Deus. E Deus, através de Cristo, recebe nossa oferta como incenso suave e ministra mais da glória do Evangelho, através de Seu Espírito, em toda igreja. Aliás, se essa não é sua mentalidade, por favor, retire-se do seu serviço, você só está ferindo o povo de Deus.
Músico, quando você aceita o título de levita, você está desprezado a promessa de Deus de que todos seriam reis sacerdotes e a mediação única de Cristo.

Terceira promessa: a casa de Deus não será um covil de mercadores
A terceira promessa que esse evento ignora é a de que a casa do Deus Pai não seria feita de mercado. O próprio Cristo profetizou isso após fazer um chicote de cordas, virar mesas e expulsar os cambistas (Jo 2:15,16). Ora, se o amoroso e manso Jesus estivesse presente nesse evento, ele quebraria câmeras de filmagem, expulsaria os cantores e destroçaria os troféus, gritando: “os cristãos (atual casa de Deus) não devem comercializar sua adoração!”.
Será que é correto, diante de Deus, usarmos os talentos que Ele nos deu para enriquecer? Tudo isso não passa de um mercado sujo em que o mundo percebeu que pode lucrar – e os cantores “góspeis” querem levar “o seu” para casa. Cristo ensinou seus discípulos que eles deveriam cumprir o ministério sem esperar nada em troca, tendo no coração apenas a vontade de servir: “de graça recebestes, de graça daí” (Mt 10:8). Como podemos querer adorar em troca de premiações?
Músico, se você aceita adorar ao Senhor em troca de premiações e troféus, você vai contra a promessa de Deus de que a casa do Pai não seria um covil de mercadores.

Quarta promessa: sua recompensa virá de Deus
Se você pudesse ganhar um real hoje ou investi-lo e ganhar um milhão depois, qual seria sua escolha? Só um louco escolheria um real, não? Sim, e, se você está participando desta premiação, suas ações mostram que essa foi sua escolha. Só que você fez uma troca pior ainda. Você trocou a infinita e gloriosa recompensa de Deus pela patética, breve e pequena honra humana. Se você participar desse troféu, é só ele que você vai ter mesmo, porque você perdeu as gloriosas bênçãos celestiais reservadas por Deus pelo seu serviço.
Cristo foi bem enfático contra a busca dos fariseus por honra humana. Ele fez afirmações fortes, dizendo que eles tinham recebido plenamente sua recompensa (a humana) e  não receberiam a honra que vem de Deus e isso seria a causa de sua  incredulidade (Mt 6:5 e Jo 5:44). Por isso, Cristo recomenda praticarmos nossas ações em secreto, para somente Deus ver. E você andará nos passos dos fariseus se proceder pelo caminho do louvor terreno.
Além do mais, você estará fazendo amizade com o mundo e consequentemente inimizade com Deus. Sua atitude de buscar ser honrado “por seu excelente ministério” é um ato de traição contra Deus, um ato de incredulidade nas promessas divinas e uma demonstração que você não busca o Reino dos céus, mas o deste mundo. Você, ao buscar esse tipo de riqueza, está condenando a sua alma à diversos sofrimentos, à incredulidade e à apostasia (1 Tm 6:10)
Músico, se você busca a honra deste mundo, você vai contra a promessa de Deus de que Ele seria seu galardoador.

Quinta promessa: Deus exaltará seu Filho
Caro músico, há alguém mais apaixonado pela glória de Deus que você: Deus! Deus é a pessoa mais apaixonada e empenhada pela exaltação de Seu nome (Ml 1:11). O Pai está ativamente comprometido em exaltar o Filho (Jo 5:23), dando-lhe o Nome sobre todo nome, dobrando todo joelho diante dEle, fazendo toda língua proclamar Seu reinado e senhorio (Fp 2:9-11), colocando todo inimigo debaixo dos Seus pés (Hb 10:13).
Nossa pergunta é se você irá se juntar ao Pai em uma busca apaixonada pela exaltação do Filho ou buscará a exaltação do seu nome (disfarçando, óbvio, com algumas palavras de pretensa humildade quando receber o troféu).
Nosso profundo desejo é que neste ponto você possa clamar como o salmista: “Não a nós, SENHOR, não a nós, mas ao teu nome dá glória, por amor da tua benignidade e da tua verdade” (Sl 115:1).
Músico, quando você recusa as coisas deste mundo e busca fazer somente o que está na Palavra, juntamente com todo povo sacerdotal de Deus, reunidos em uma casa de oração, almejando somente a recompensa de Deus e juntando-se ao Pai na exaltação do Filho, você canta a melodia mais doce que há: JESUS, O ÚNICO DIGNO DE TROFÉUS.


Por Vinícius Musselman Pimentel e Yago Martins © Voltemos Ao Evangelho  voltemosaoevangelho.com e Cante as Escrituras canteasescrituras.com