quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Razão, Emoção e Conversão


“Digo, porém: Andai pelo Espírito, e não haveis de cumprir a cobiça da carne. Porque a carne luta contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes se opõem um ao outro, para que não façais o que quereis. Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais debaixo da lei.
Ora, as obras da carne são manifestas, as quais são: a prostituição, a impureza, a lascívia, a idolatria, a feitiçaria, as inimizades, as contendas, os ciúmes, as iras, as facções, as dissensões, os partidos, as invejas, as bebedices, as orgias, e coisas semelhantes a estas, contra as quais vos previno, como já antes vos preveni, que os que tais coisas praticam não herdarão o reino de Deus.
Mas o fruto do Espírito é: o amor, o gozo, a paz, a longanimidade, a benignidade, a bondade, a fidelidade, a mansidão, o domínio próprio; contra estas coisas não há lei. E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências.
Se vivemos pelo Espírito, andemos também pelo Espírito. Não nos tornemos vangloriosos, provocando-nos uns aos outros, invejando-nos uns aos outros.” Gálatas 5.16-26

Mudança de hábitos é sempre difícil para todos nós. Sempre almejamos mudar em algum aspecto, seja naquilo que é afeto a nossa inteligência emocional, como por exemplo ser mais equilibrado, menos teimoso, mais paciente, seja naquilo que faz parte da nossa rotina como ser mais pontual, cumprir as metas estabelecidas, perder peso, fazer exercício, estudar etc.
A palavra que deve sempre acompanhar a rotina de um cristão é o verbo transformar, como o apostolo São Paulo destaca bem em Romanos 12.2, dizendo “E não vos conformeis a este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.”.

Diante da palavra de Deus, ao cristão é proibida a estagnação, o comodismo, o conformismo com o estado da decadência humana.

Por isso, mediante a conversão a Cristo Jesus o homem naturalmente ingressa no caminho da transformação, do conserto, da reconciliação. Nesse caminho, a mudança é um fenômeno constante cujo resultado final a bíblia chama de amor. Quando recorremos ao texto original no grego dos versículos 22 e 23 do capitulo 5 de Gálatas, vemos que o amor não é interpretado como um dos frutos e sim o fruto do Espírito que se evidencia pela presença das características de gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio.

A intensidade e profundidade do texto de gálatas nos chama a revisitar nossas vidas e provocar uma profunda transformação no nosso ser. Em síntese somos chamados para deixar de sermos trevas e nos transformarmos em luz.
Uma mudança radical. Convenhamos! E ela é o maior obstáculo para continuar a seguir os passos de Cristo.
O evangelho é um caminho que começa largo e vai se afunilando, pois, na medida em que percebemos que levamos na nossa bagagem coisas que não fazem parte da criação de Deus temos que decidir em renunciar aquilo que é nosso (nossa avareza, nossa vã sabedoria, nosso ego soberbo) para não perder o Mestre de vista.
Mas a questão prática de como tornar real a transformação que é “exigida” ao cristão é que se torna o grande desafio para a estreita porta.
Um pouco de ciência pode nos ajudar nesse ponto.

Razão e Emoção

Todas as nossas decisões são determinadas pela razão e pela emoção, estejam elas em sintonia ou não. Alguns cientistas fazem a seguinte analogia: “a razão é o condutor de um elefante enquanto que a emoção é o próprio elefante”, nessa ilustração vemos que de nada adianta que razão tome uma decisão e a emoção não se submete aos seus planos.
A razão que alimentamos ao meditar na palavra nos aponta o caminho a seguir, nos conduz a sermos pessoas melhores, mais coerentes, mais equilibradas.
Entretanto, se nossa emoção não está em sintonia com a razão não vemos sentido naquilo que lemos, pois não possuímos a energia para nos transformarmos.
Jesus Cristo conhecia mais da ciência do que nós supomos.
Ciente de que o homem precisa de motivação, ou seja, energia fornecida pela emoção, para que pudesse converter a sua vida aos ensinamentos que a razão compreende, deixa na história uma pista para nos encontrarmos:

“Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei, e me manifestarei a ele.” João 14:21

Somente o amor a Cristo nos move a obedecer aos seus ensinamentos. Agora vêm as perguntas:
Primeiro guardamos os ensinamentos ou amamos?
Qual vem primeiro a razão ou a emoção? Ou os dois juntos?

Qualquer resposta que considere apenas um deles indicará uma religião legalista ou uma religião experimentalista, e nenhuma das duas é a estreita porta da salvação.

Você ama a Jesus?
Você tem fruto do Espírito?

Não importa a ordem das perguntas e sim o conteúdo das respostas.
Um Deus amigo inocente que dá a sua vida por mim me motiva a ouvir e praticar tudo o que Ele ensinou. Ou não?


Por Diogo Pereira

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Humildade cabe em qualquer lugar


Tenho observado, com alegria e esperança, o nascimento de uma “revolução silenciosa” nos porões desse império gospel herético que se instaurou nos últimos anos em nossa pátria. Tenho me armado até os dentes com a espada da justiça e tomado parte nessa guerrilha subversiva em prol da implantação do Reino de Deus nessa terra. Sou um militante das boas novas levando a bandeira da revolução do Amor.  Nessa estrada apertada tenho encontrado irmãos com o mesmo sentimento, com o mesmo objetivo – morrer pela causa de Cristo. Morrer para si mesmo.

Apesar do lixo herético avançar nas rádios, nos programas de televisão e nos palcos das seitas auto intituladas cristãs, há uma resistência articulada atuando em várias frentes dando uma resposta a toda heresia propagada. Há dois anos tenho acompanhado e participado dessa revolução e tenho visto que, apesar de nós mesmos, temos conseguido atrair o Supremo General para o comando do nosso exército.

Contudo, camaradas, quero fazer um alerta importante sobre uma poderosa inimiga a nossa causa: a arrogância.

Sutil, muitas das vezes ela atua como um câncer silencioso. Quem a tem, nem mesmo sabe que tem. Irmã gêmea do orgulho e prima da grosseria, a arrogância pode colocar toda revolução a perder.  Meu coração se renova quando escuto da boca dos meus camaradas o desejo de subverter as mentes babilônicas e libertar os cativos da religiosidade farisaica.  Porém, muitos se esquecem que somos feitos da mesma matéria orgânica e que temos a mesma herança genética adâmica corrompida dos inimigos do Reino.  

Temos que ficar atentos para não cometer os mesmos erros com uma roupagem nova.

O excesso de vontade pode nos cegar, o excesso de novos conhecimentos pode nos embriagar com a altivez. Temos que nos abastecer de igual modo com piedade e com conhecimento. O essencial para uma vida piedosa é a comunhão espiritual com Deus, ou seja, a oração.

Com muita cultura e sem oração, nos transformamos em uma arma carregada, porém sem uma mira precisa. Quando disparada poucas vezes acerta o alvo, e quando acerta, não mata, apenas fere.
Quantas pessoas não tem andado feridas com as balas perdidas da nossa arrogância?

A arrogância alimenta a fogueira das vaidades. Os músicos que inicialmente queriam apenas quebrar paradigmas e derrubar a religiosidade com um som mais moderno, agora se convencem que seu estilo e jeito de tocar vão converter as pessoas. Os atores do teatro acham que suas belas atuações emocionarão o espírito dos perdidos e os levarão ao arrependimento. E os líderes passam a acreditar que são “a última cereja do bolo”, os donos da verdade absoluta, e quem sem sua maravilhosa visão cultural e liturgia hiper-moderna a humanidade não conhecerá a Cristo. 

Sei que parece paradoxal, mas o arrogante se orgulha até mesmo da sua humildade. Quantas vezes nós nos inflamos por ter tomado alguma atitude aparentemente humilde?

Muitos se justificam alegando que nasceram assim, cresceram assim, e que vão morrer assim, os famosos crentes Gabriela.

Para subverter a ordem babilônica e farisaica é preciso morrer para si mesmo. Não podemos nos conformar com o nosso jeito de ser, com nosso temperamento de nordestino, de italiano, de espanhol, ou de qualquer outra etnia para justificar nosso descontrole e ignorância com os outros, principalmente sobre nossos liderados. Somos convidados a sermos imitadores de Cristo, temos que nos esforçar todos os dias para sermos humildes e mansos como Ele foi!

Chega de se esconder atrás do dia de fúria de Jesus dentro do templo para justificar nossa destemperança!

Essa nossa revolução é de amor. Sejamos grosseiros apenas com o pecado e com o inimigo de nossas almas. Não permitamos que nossa arrogância jogue tudo a perder.

Deus abençõe!

Por Marcello Comuna
Blog dele: http://verboprimitivo.blogspot.com/

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Devocional 06/09

NA PRISÃO

                                                                                                  ATOS 16.19-26

Por volta da meia-noite, Paulo e Silas oravam e cantavam louvores a Deus, e os demais companheiros de prisão escutavam. (At 16.25.)
Prisão é lugar de tristeza,
De dor, de limitação.
Na prisão, a noite é escura,
O dia é frio também.
Na prisão, a esperança
Parece bem longe estar,
Perto parece a angústia, o desprezo, a humilhação.
Os amigos que fogem, distantes,
Para trás nem querem olhar,
Não querem se condoer,
Nem ao menos se comprometer
Com a dor, com o encarceramento
De quem livre tem só o pensamento.
Mas até na prisão Deus está
Para abençoar e salvar
Quem a ele quiser se entregar.
Paulo e Silas estavam em Filipos. E lá, no nome de Jesus, repreenderam e expulsaram um demônio adivinhador que possuía uma jovem filipense. Então os dois pregadores foram presos e condenados a receber vários açoites com varas. Com as vestes rasgadas e as costas feridas pela tortura que sofreram, estavam agora com os pés e as mãos presos no tronco. Nem ao menos podiam se mover. Mas não reclamavam de nada. Pelo contrário, rendiam graças a Deus em cânticos de louvor e oravam pelos companheiros de prisão.
Era meia-noite, quando um terremoto sacudiu os alicerces do cárcere. Abriram-se todas as portas e soltaram-se as cadeias de todos. Vendo a situação e pensando que os presos tivessem fugido, o carcereiro tomou da espada para se matar. Paulo, porém, lhe disse: Não faças tal, que aqui estamos todos. Ninguém havia fugido. Haveria um lugar mais seguro para se estar do que na presença do Deus poderoso de Paulo e Silas? E naquela noite, o carcereiro e toda a sua família receberam a Cristo. E foram todos batizados.
Não há prisão que possa reter o poder do amor e do perdão transformador de Deus, vindo ao encontro do homem. E em meio aos louvores que sobem dos cárceres, os céus descem à terra. Rompem-se as algemas das limitações, e Deus opera. Experimente!
PAI, CONTEMPLA AGORA OS QUE ESTÃO ENCARCERADOS. VISITA-OS COM O TEU TOQUE DE AMOR E PAZ. E AOS QUE ESTÃO LIVRES FISICAMENTE, MAS PRESOS A VÍCIOS E PECADOS, TRAZ LIBERTAÇÃO PLENA. EM NOME DE JESUS CRISTO. AMÉM.
Por Ângela Valadão Cintra.  Disponível em:  http://www.diantedotrono.com/devocionais/2011/09/na-prisao/    
 

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

A resposta está nos frutos

Por uma fé que faz sentido: A resposta está nos frutos.

Na época de Jesus, Jerusalém era dominada pelo Império Romano, um governo interventor na vida daquela nação, que sugava os recursos de um povo: os Judeus. Mas os Judeus tinham nas escrituras uma esperança um libertador, um Rei, um Messias. Aquele sobre o qual tinha escrito Moisés e os profetas, e nesse salvador o povo judeu colocava suas expectativas.

Por isso no capitulo 1ª do evangelho de João vemos Felipe declarar que tinha encontrado o Messias, conforme ele tinha ouvido nas suas histórias desde criança.

João 1.45
“Filipe achou Natanael, e disse-lhe: Havemos achado aquele de quem Moisés escreveu na lei, e os profetas: Jesus de Nazaré, filho de José.”

O Messias era a expectativa de um povo que precisava de um herói enviado por Deus para subjulgar todos os reinos injustos deste mundo e trazer plenitude. A esperança dos Judeus era a de ter um rei que fosse Deus.

Recentemente o infortúnio ocorrido com o técnico de futebol do time do Vasco da Gama e os eventos que o cercaram revelou a expectativa de um povo: valores.

Em todos os meios de comunicação vimos a movimentação em apoio e expectativa pela recuperação de um ente querido por todos.

Os depoimentos de pessoas que conhecem pessoalmente o técnico Ricardo Gomes impressionam pela quantidade de elogios e exaltação de virtudes atribuídas ao homem. Algumas são muito familiares aos cristãos: paciente, cordial, simpático, educado, gentil, pacífico, profissional, sério, correto, honesto, simples, amigo e por aí vai.

Tendo em vista o ocorrido, este homem se tornou um símbolo da humanidade, um ideal de pai, amigo, profissional. Tantos atributos comoveram a opinião pública, torcedores, jogadores de futebol, colegas de profissão e outros setores da sociedade. Essa comoção chegou ao ponto de fazer torcedores em um estádio de futebol cheio, orar o Pai Nosso em intercessão pela recuperação do novo herói nacional.

Os atributos encontrados em Ricardo Gomes inspira as pessoas a quererem que ele permaneça entre nós, e soa quase como um grito de uma multidão: “nós precisamos de pessoas como você”.

Não é difícil encontrar semelhanças entre as características atribuídas ao técnico vascaíno com os frutos que o Espírito dá:

Gálatas 5.22-23
"Mas o fruto do Espírito é: o amor, o gozo, a paz, a longanimidade, a benignidade, a bondade, a fidelidade, a mansidão, o domínio próprio; contra estas coisas não há lei."

O mundo carece de valores, de pessoas que manifestam os atributos da criação.

Romanos 1.20-21
"Pois os seus atributos invisíveis, o seu eterno poder e divindade, são claramente vistos desde a criação do mundo, sendo percebidos mediante as coisas criadas, de modo que eles são inescusáveis;
porquanto, tendo conhecido a Deus, contudo não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes nas suas especulações se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu."

A angústia do mundo é que os filhos de Deus sejam revelados.


Romanos 8.19
“A natureza criada aguarda, com grande expectativa, que os filhos de Deus sejam revelados.”

Aqueles que estão em Cristo, precisam dar ao mundo o fruto da sua salvação para que essas questões sejam respondidas.

João 15.1
"Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o viticultor."

João 15.5
"Eu sou a videira; vós sois as varas. Quem permanece em mim e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer."

João 15.8
“Nisto é glorificado meu Pai, que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos.”

Essa reflexão faz nascer em nós alguns questionamentos.

Que tipo de cidadão eu tenho sido?
Que tipo de filho ou pai eu sou?
Como meus amigos me veem?
Sou um bom profissional?
Faço o meu melhor naquilo que faço?
Sou amável?
Sou pacífico?
Sou correto?
Sou honesto?
Sou manso?
O que dirão de mim quando eu morrer?
Que legado eu vou deixar?

Numa sociedade em que aqueles que usam o nome de Cristo deveriam ser o exemplo, entretanto, o que se vê por ai é muita canalhice, politicagem e corrupção.

Quando conhecemos quem somos, podemos dar os frutos necessários para dar essa resposta ao mundo e para manifestar os atributos da criação, por isso, a fé em Cristo faz sentido.


Por Diogo Pereira